ATA DA SEGUNDA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 29-12-2005.

 


Aos vinte e nove dias do mês de dezembro do ano de dois mil e cinco, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e dezessete minutos, foi realizada a chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Luiza, Mario Fraga, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Carlos Comassetto, Dr. Goulart, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely, Maria Celeste, Nilo Santos, Professor Garcia, Raul Carrion e Valdir Caetano. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram, em 3ª Sessão, os Projetos de Lei do Executivo nos 034 e 035/05, discutidos pelos Vereadores Adeli Sell, João Carlos Nedel, Sebastião Melo, Ervino Besson e pela Vereadora Maria Celeste. Na oportunidade, foi apregoado Requerimento de autoria da Mesa Diretora, solicitando, nos termos do artigo 218, § 6º, do Regimento, Licença para Tratamento de Saúde para o Vereador Maurício Dziedricki, do dia vinte e nove de dezembro do corrente ao dia primeiro de janeiro de dois mil e seis, tendo o Senhor Presidente declarado empossado na vereança o Suplente Nilo Santos, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Alceu Brasinha cumprimentou os Senhores Wagner Trindade e Ari Castro, presentes nas galerias da Casa, que percorreram a pé o trajeto entre Cachoeira do Sul e Porto Alegre para cumprir promessa pela volta do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense à Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol. Ainda, analisou e considerou positiva sua participação neste Legislativo durante o corrente ano. A Vereadora Sofia Cavedon criticou as convocações extraordinárias realizadas pelo Senhor Prefeito Municipal no corrente ano, cobrando maior organização do Governo de Porto Alegre e afirmando que a avaliação popular do Poder Executivo reflete a falta de planejamento na gestão da Prefeitura. Também, repeliu os rumos adotados nas áreas de saúde e limpeza pública, sugerindo a retomada de programas sociais e educacionais criados em Porto Alegre nos últimos anos. O Vereador Claudio Sebenelo contestou o pronunciamento da Vereadora Sofia Cavedon em Comunicação de Líder, assegurando que o Governo Municipal assumiu problemas financeiros e operacionais herdados da gestão anterior. Em relação ao assunto, criticou a atuação do Partido dos Trabalhadores quando à frente da Prefeitura Municipal, argumentando que obras previstas naquela época pelo Programa de Orçamento Participativo tiveram de ser concluídas pelo atual Governo. O Vereador João Carlos Nedel elogiou o desempenho do Governo Municipal durante o ano de dois mil e cinco, declarando que a estrutura de funcionamento da Prefeitura foi melhorada, apesar da falta de informações e do déficit financeiro herdados do Governo anterior. Ainda, atribuiu a baixa avaliação popular do Executivo Municipal à não utilização de verbas em publicidade, destacando obras que estão sendo realizadas na Cidade, particularmente na área da habitação popular. A Vereadora Clênia Maranhão avaliou a importância dos Projetos de Lei do Executivo nos 034 e 035/05, frisando que a aprovação desses processos possibilitará a renovação dos pontos de iluminação pública na Cidade, por meio de parceria com a Eletrobrás. Nesse contexto, analisou os benefícios à população porto-alegrense resultantes dessa modificação, realçando melhorias a serem observadas em termos de segurança pública. O Vereador Dr. Goulart discursou a respeito de suas funções e responsabilidades como Líder da Bancada do PDT nesta Casa durante o corrente ano. Ainda, fez um balanço de sua atuação parlamentar, desde que foi eleito Vereador, especialmente na área da saúde, debatendo avanços alcançados por Porto Alegre, no que se refere ao atendimento médico. Finalizando, agradeceu a escolha de seu nome como Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre para o ano de dois mil e seis. A seguir, foi apregoada a Emenda nº 01, de autoria da Vereadora Clênia Maranhão, Líder da Bancada do PPS, ao Projeto de Lei do Executivo nº 034/05 (Processo nº 7231/05). Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Sebastião Melo externou sua honra em ter liderado a Bancada do PMDB durante dois mil e cinco, afirmando que procurou trabalhar com equilíbrio nos entendimentos com todas as correntes políticas. Também, opinou que esta Casa deve passar por reformulações administrativas, de modo a se aproximar mais do dia-a-dia da sociedade e posicionou-se quanto à representatividade da alternância de Partidos na Presidência deste Legislativo. Em continuidade, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e apregoada a Emenda nº 02, de autoria de Vereadora Sofia Cavedon, Vice-Líder da Bancada do PT, ao Projeto de Lei do Executivo nº 034/05. Após, foram aprovados Requerimentos de autoria da Vereadora Clênia Maranhão, solicitando que os Projetos de Lei do Executivo nos 034 e 035/05 sejam considerados em regime de urgência e submetidos à reunião conjunta de Comissões Permanentes. Às quinze horas e vinte e nove minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, para a realização de reunião conjunta de Comissões Permanentes, sendo retomados às quinze horas e quarenta e nove minutos, constatada a existência de quórum. Em prosseguimento, foi apregoado o Memorando nº 247/05, firmado pelo Vereador Elói Guimarães, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa que o Vereador Raul Carrion se encontra representando externamente este Legislativo, no ato de assinatura do Contrato de Repasse de Recursos Financeiros da União para Melhoria de Habitações em Assentamentos Precários no Município de Porto Alegre, no Salão Nobre do Paço dos Açorianos, às quatorze horas e trinta minutos de hoje. Na ocasião, foi apregoada a Subemenda nº 01, de autoria da Vereadora Clênia Maranhão, à Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 034/05 (Processo nº 7231/05). A seguir, foi aprovado Requerimento de autoria da Vereadora Clênia Maranhão, solicitando que a Emenda nº 01 e a Subemenda nº 01 à Emenda nº 01, apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 034/05, fossem dispensadas do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Também, foi aprovado Requerimento de autoria da Vereadora Sofia Cavedon, solicitando que a Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 034/05, seja dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Às quinze horas e cinqüenta e dois minutos, nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Extraordinária a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Elói Guimarães e secretariados pelo Vereador Nereu D'Avila. Do que eu, Nereu D'Avila, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após aprovada pela Mesa Diretora, nos termos do artigo 149 do Regimento, será assinada pela maioria dos seus integrantes.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães - 14h17min): Há quórum. Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

3ª SESSÃO

 

PROC. N. 7231/05 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 034/05, que altera a Lei n. 9.052, de 24 de dezembro de 2002, e dá outras providências.

 

PROC. N. 7339/05 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 035/05, que autoriza a abertura de créditos suplementares no Executivo Municipal, no valor de R$23.900.079,01 e dá outras providências.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras, fomos chamados pelo Executivo para discutir dois Projetos e esperamos poder aprová-los. Inclusive estou falando aqui para que possa haver uma mobilização, para que possamos ter, nos próximos minutos, os dezenove Vereadores presentes, a fim de entrarmos na Ordem do Dia.

Eu só queria chamar a atenção das pessoas para esta suplementação. Eu fiz alguns cálculos e verifiquei que nós tivemos 85 Decretos Legislativos durante o ano, e há, em aberto, 64 milhões de reais sem base legal, na minha opinião. Somando os 4% que nós podemos fazer de suplementação, sem pedido de licença legislativa, mais a contingência, sobrariam 64 milhões. O Governo tem que se explicar, a base do Governo deve se explicar. Eu estou apontando e apontei, hoje, para o Secretário Tatsch. Eu espero que o Secretário e o Governo leiam as coisas que a gente fala, para depois não se queixarem.

Ontem eu procurei o Secretário Tatsch, a Líder do Governo e o Prefeito e fiz a seguinte proposição: “Dêem senha para as pessoas que estão nas filas quilométricas na Secretaria da Fazenda, e entrem com um Projeto dando prorrogação”. Foi proposta minha! E, hoje, eu abro os jornais, e isso aparece como se fosse uma proposta iluminada do Governo. Convenhamos, não se faz política assim! Não se faz política assim! Nós, aqui, colaboramos. Nós podíamos ter usado cinco tempos de Pauta, podíamos ter obstaculizado agora o pedido de licença de substituição, podíamos ter pedido a votação nominal. Nós estamos aqui para colaborar! E eu estou falando aqui inclusive para que o Governo se mobilize. Agora, já temos vinte Vereadores no plenário, portanto, daqui a pouco, eu paro de falar para podermos votar.

Mas, Ver. Sebastião Melo, eu fiquei muito chateado, hoje de manhã, ao abrir as páginas dos jornais, depois do esforço que fiz, quando conversei com o Secretário, com a Liderança do Governo e com o próprio Prefeito, fazendo uma proposição para ajudar o Governo! Porque era uma vergonha, durante três dias, as pessoas estavam debaixo de um sol escaldante, cinco, seis horas, na frente da Secretaria da Fazenda, e ninguém se dava conta de dar uma senha e de propor uma medida legislativa para que se pudesse prorrogar o Refis por meia dúzia de dias!

Convenhamos! Eu gosto de ajudar - e ajudo a Cidade -, jamais me negarei a ajudar, mas também o Governo tem que se ajudar, porque nota 5, para o primeiro ano, é muito complicado. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Maurício Dziedricki solicita Licença para Tratamento de Saúde nos dias 29, 30 e 31 de dezembro de 2005 e 1º de janeiro de 2006.

 

(Obs.: Foi apregoado Requerimento de Licença do Ver. Maurício Dziedricki, e dada posse ao Suplente, conforme consta na Ata.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Srªs Vereadoras, é muito bom que todos se dêem conta da importância da aprovação, nesta Casa, da Contribuição de Iluminação Pública, porque ela vai permitir que a Prefeitura retire seu nome do cadastro dos inadimplentes, porque está devendo 58,5 milhões para a CEEE. A CEEE compra energia, precisa pagá-la e não recebe seu faturamento. Ou a CEEE corta o fornecimento de energia para a Prefeitura de Porto Alegre, ou a CEEE vai ter imensas dificuldades financeiras e pode ter a sua derrocada financeira. Então, foi sábia a decisão desta Casa em aprovar a Contribuição de Iluminação Pública. E agora as decorrências: uma vida salva por termos iluminação pública custa mais do que 2 reais e 80 centavos por mês? É claro que uma vida custa muito mais!

E o que estamos discutindo hoje, reunidos extraordinariamente nesta Casa? A aprovação de um financiamento via Eletrobrás avalizado pela CEEE. Então, a CEEE iria avalizar para um inadimplente? Portanto, estamos recebendo da Eletrobrás 34 milhões de reais, dos quais o Município vai ter que dar a contrapartida de 25%, ou seja, 45 milhões de reais serão aplicados na expansão da rede de iluminação pública e na melhoria da qualidade e modernização da rede de iluminação, o que significa lâmpadas mais modernas e sistemas mais econômicos que irão reduzir a conta mensal. A Cidade terá uma economia com a qual, talvez, vamos poder pagar esse empréstimo, que é basicamente a custo zero. Claro que temos que pagar o empréstimo, mas o custo é ínfimo ou zero. Então, é mais um benefício que a nossa Cidade está tendo, e isso é importante que se diga, que se esclareça para a população: estamos ganhando 34 milhões de empréstimos para ampliar e modernizar a nossa rede. E a Prefeitura vai colocar mais vinte e tantos milhões da sua contrapartida.

Mas eu queria dizer ao Ver. Adeli Sell que, na terça-feira, eu conversei com o Secretário Cristiano Tatsch e conversamos sobre a prorrogação do Refis, porque eu já sabia da enormidade da fila que lá estava, e ele já estava, inclusive, depois de uma certa hora, distribuindo senhas. O Secretário ficou de consultar a Procuradoria, porque havia alguns problemas. Nós não poderíamos fazer Refis de um imposto que não estava nem vencido, que era o de 2005, mas, se passasse para o outro exercício, provavelmente esse imposto deveria ser incluído. Ora, a inclusão do imposto no Refis para pagar em 120 meses ou 60 meses tem que ser muito bem estudada. Eu não sei quando V. Exª deu a sugestão para o Tatsch, mas eu dei na terça-feira. Eu dei por telefone. Eu não preciso provar nada, falei por telefone.

 

O Sr. Adeli Sell: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu tenho por escrito. Eu dei a idéia e acho um negócio irritante, um negócio de baixo nível não reconhecer quando alguém da oposição dá uma idéia em benefício da Cidade. Eu acho isso horrível!

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: E quando o senhor deu essa idéia?

 

O Sr. Adeli Sell: Foi por escrito, eu lhe mostro.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Eu dei na terça-feira, mas não dei por escrito, eu conversei com ele e pedi que analisasse esse problema. Acredito que isso será prorrogado. Mas o importante não é quem faz o bem. O importante é que o bem seja feito em benefício da nossa sociedade. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Srªs Vereadoras e Srs. Vereadores, no dia 26 de dezembro, segunda-feira, às 8h da noite, aqueles dois meninos saíram a pé de Cachoeira do Sul rumo a Porto Alegre, o Wagner Trindade e o Ari Castro, simplesmente para pagar uma promessa que haviam feito se o Grêmio voltasse à primeira Divisão. Chegaram os dois heróis! Estão sentados ali nas galerias. Tenho certeza absoluta de que, se eu tivesse tempo, caminharia junto, porque sou gremista também. Eles estão de parabéns por terem feito essa grande promessa, e Deus nos ajudou a colocar o Grêmio na primeira Divisão, Ver. Sebastião Melo. Não é qualquer um que caminha 210 quilômetros em quatro dias, e esses dois heróis caminharam. Gostaria de dizer a eles que muitas pessoas fazem essa proeza. Eu também já fiz, só não fui tão longe, caminhei apenas 45 quilômetros.

Então, meus amigos, eu quero dizer para vocês, Vereadores, que aqui a alma gremista fala mais alto. Paixão pelo clube, paixão pelo futebol e gremista torcedor de qualidade - eles só poderiam ser de Cachoeira do Sul. Porque ser gremista - não é, Vereadora? - é quase impossível, porque todas as conquistas são abaixo do tempo, do choro e pedindo a Deus para ajudar. Tenho certeza de que aparecerão mais gremistas e mais torcedores como estes dois heróis que estão ali sentados.

Também gostaria de falar a respeito do ano que passou. Foi uma nova experiência em minha vida, e tenho certeza absoluta de que somei, aqui nesta Câmara, mais amizade com os Vereadores e com todo o mundo. Portanto, gostaria de deixar um abraço para todos vocês, um feliz Ano-Novo, e no ano que vem teremos muito mais a ganhar, e a Câmara irá exercer o seu papel, que é fundamental. Um feliz Ano-Novo para todos vocês.

E a estes dois torcedores direi que estaremos lá no Grêmio daqui a pouco, vamos para lá! Lugar de gremista é no Estádio Olímpico, porque o Estádio Olímpico agrega as multidões, as grandes conquistas. E isso aí é o Grêmio, com todo o respeito que eu tenho pelo Ver. Ibsen Pinheiro, que é um colorado tradicional, mas o meu Grêmio faz mais sucesso e é maior. O nosso Ver. Ervino Besson também é colorado de carteirinha; o Ver. Nereu D’Avila, um grande Vereador, é colorado, mas eu tenho certeza de que virão mais Vereadores gremistas se somar a estes Vereadores que estão aqui: Nilo Santos e Maria Luiza, gremistas de coração. E “até a pé nos iremos”.

Então, o meu muito obrigado ao Sr. Presidente, aos Srs. Vereadores por este espaço de Liderança, e quero dizer que, no ano que vem, estaremos aí prontos para novas batalhas, novas conquistas, novos títulos e novos rumos. Obrigado!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Srªs Vereadoras, Srs. Vereadores, eu não pretendo usar os cinco minutos. Quero resgatar, na verdade, que nós estamos alterando uma lei proposta pelo Sr. João Verle, Prefeito à época, em 2002, que pedia autorização a esta Casa para fazer o Programa Reluz. E, por questões “burrocráticas”, o convênio acabou não se ultimando. Então, faça-se justiça: é um Projeto que tem origem na gestão anterior. Correto? Quando da Contribuição de Iluminação Pública, antes de votarmos, lá em 2003, o Prefeito da época pediu autorização a esta Casa para contratar com o BNDES e com a Eletrobrás, para trazer recursos ao Município de Porto Alegre. Nessa oportunidade, recursos na ordem de 18 milhões que, com a contrapartida do Governo local, chegariam a 22 milhões de reais, e esse processo, agora, é aperfeiçoado.

Eu quero chamar a atenção aqui de uma coisa, Vereadores: naquele Projeto que votamos, nós estabelecemos um prazo para que o Executivo produzisse um Plano Diretor de Iluminação Pública na Cidade. A lei que vem retira isso. E eu quero discutir um pouco mais essa questão, porque havia, indiscutivelmente, um Plano Diretor; se um ano é pouco tempo, eu até acho que a gente pode estender a discussão dessa questão. Mas penso que, na medida em que aprovamos a Contribuição de Iluminação Pública - e nem todos os Vereadores votaram, eu fui um dos que votaram, e temos sido muito cobrados lá fora, porque o entendimento da população é de que houve majoração -, ao autorizarmos o empréstimo, devemos, em contrapartida, cobrar da Prefeitura um Plano de Investimento. Se não é um Plano Diretor da luz, que a Prefeitura estabeleça, que mande a esta Câmara Municipal um Plano de Investimento; eu acho isso razoável. É extremamente certo autorizar o empréstimo, absolutamente, 100%. Até por que já havíamos autorizado. Na verdade, nós estamos renovando, ampliando e aumentando os valores. Agora, por outro lado, acho que também é extremamente razoável que a gente coloque o estabelecimento de um plano de ação da Prefeitura. São essas as considerações que eu queria fazer.

Ao finalizar - eu acho que nós vamos ter que tratar disso no ano que vem com muita intensidade -, quero dizer que teremos que reduzir o recesso desta Casa. Porque nós, Vereadores da Cidade, não recebemos nenhum jeton, o que está absolutamente correto, e qualquer mortal do Brasil inteiro só tem trinta dias de férias; está na hora de nós revisarmos essa questão do recesso. Portanto, é importante que estejamos aqui trabalhando na véspera do final do ano, porque, afinal de contas, é o que o povo espera de nós. Isso é uma coisa importante para o Município, não interessa se é dia 30 ou dia 1°, se é sábado ou domingo, porque, quando nos colocamos para disputar uma eleição, nós nos colocamos com esse desprendimento. Muito obrigado, Sr. Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Ervino Besson está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Srs. Vereadores, Srªs Vereadoras, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16, TVCâmara, queria saudar a todos.

No dia de ontem - como outros Vereadores, o Ver. Adeli Sell se pronunciou há pouco desta tribuna -, este Vereador também foi procurado por várias pessoas que estavam na fila para pagar ou parcelar o IPTU e o ISSQN. Mas, para que a gente não cometa uma injustiça, eu quero destacar o pronto atendimento que este Vereador, logo que soube do problema que estava ocorrendo na fila - pessoas reclamando -, teve do Secretário Cristiano Tatsch. Eu telefonei, e ele prontamente me atendeu. Aguardei alguns minutos e liguei para as pessoas que estavam lá na Prefeitura aguardando atendimento. E o retorno que obtive foi de que as pessoas ficaram satisfeitas, porque o Secretário, de imediato, pediu para o seu Secretário Substituto, Dr. Zulmir, e ele prontamente, Ver. Adeli, foi até lá e atendeu às pessoas sem problema, e as pessoas me deram retorno de que ficaram satisfeitas.

Então, eu estou comunicando isso à Casa, Ver. Adeli, para que a gente não cometa uma injustiça com o Secretário da Fazenda, porque ele... Não quero dizer que o senhor o criticou.

 

O Sr. Adeli Sell: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador, eu fui a pessoa que encaminhou todos os Projetos da Fazenda, fiz defesas, porque acho que a modernização da Fazenda do Município é uma necessidade. Eu defendi o Tribunal Tributário, defendi essa idéia, que foi aceita. Eu acho ótimo. Mas não dar a autoria para gente, eu acho isso o fim do mundo, entendeu? O senhor me desculpe! A idéia foi minha, está por escrito.

 

O SR. ERVINO BESSON: Eu não quero criticar. Eu conheço a sua atitude, Vereador, o modo pelo qual V. Exª age, sem dúvida nenhuma e sem crítica a Vossa Excelência. Mas eu faço este registro, porque também procurei, como já disse, o Secretário para tratar dos problemas que estavam acontecendo com as pessoas na fila. Repito pela segunda vez: o Secretário prontamente me atendeu e mandou a sua equipe lá, o Secretário Substituto, para resolver o problema. E recebi retorno das pessoas que me fizeram as reclamações dizendo que estavam satisfeitas pelo modo como a Secretaria, os funcionários da Secretaria foram lá e atenderam às pessoas. Eu faço este registro e aproveito para agradecer a forma gentil, a forma cordial com que o Secretário procedeu e atendeu à minha solicitação, amenizando, sem dúvida nenhuma, o problema do pessoal que estava na fila por três, quatro horas.

Agora, li nos jornais que parece que o Prefeito vai solicitar uma convocação para a próxima semana, uma convocação extraordinária para votarmos a prorrogação do prazo para que as pessoas possam, de uma forma mais tranqüila, pagar o seu IPTU com desconto e o ISSQN. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Maria Celeste está com a palavra para discutir a Pauta.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Srªs Vereadoras, Srs. Vereadores, primeiro quero fazer, com muita preocupação, o registro de uma convocação extraordinária - feita legitimamente pelo Prefeito -, uma vez que demoramos a receber os Projetos para poder avaliá-los. E nós verificamos algumas preocupações já levantadas aqui pelo Ver. Sebastião Melo, às quais eu gostaria de agregar outras.

O Projeto enviado pelo Executivo que altera a Lei nº 9.052 reincide, revoga o art. 3º da lei anterior, a qual o Ver. Sebastião Melo já comentou, mas eu gostaria de poder ler para que nós, Vereadores e Vereadoras, pudéssemos ficar muito atentos. (Lê.) “O Poder Executivo, num prazo máximo de um ano, enviará à Câmara Municipal um Projeto para ser votado pelo Legislativo, contendo os estudos necessários para a implantação de um Plano Diretor de Iluminação Pública.” Segue a descrição em três subitens desse Projeto, dizendo a forma, os recursos para a sua aplicação, os prazos previstos, os recursos captados, as demandas necessárias para a sua implementação.

Ora, se nós aprovarmos a alteração que o Sr. Prefeito nos enviou para ser avaliada no dia de hoje, a Câmara Municipal vai estar assinando um cheque em branco, vai estar delegando ao Executivo toda a responsabilidade, quando nós, Vereadores, fomos eleitos para estar aqui, no recesso parlamentar, discutindo, e a nossa Bancada não está disposta a isso, Ver. Claudio Sebenelo. Nós queremos, sim, junto com o Ver. Sebastião Melo, que fez a proposta, poder construir uma redação melhor, poder retomar esses itens necessários nesse Projeto, não queremos ser omissos, sobretudo, no que diz respeito à cidade de Porto Alegre. Nós não assinaremos um cheque em branco ao Executivo; nós queremos retomar o Projeto, queremos discutir, estamos aqui, estamos dispostos a ficar o tempo necessário para isso. Queremos construir uma emenda ou um destaque a esse parágrafo, conjuntamente com as outras Bancadas, para que se retome a discussão de um Plano Diretor de Iluminação Pública no Município de Porto Alegre, é necessário que ele passe por esta Casa.

O segundo aspecto que também me deixou preocupada é que, no Projeto anterior, constava o agente operador. Muito bem, muda agora; parece ser somente a Eletrobrás, mas havia a possibilidade de ter o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico como agente financeiro. Não aparece no novo Projeto, também, essa possibilidade. Eu gostaria de saber, então, quem será o agente financeiro desse valor. Nós tínhamos na lei anterior, se fosse efetuada a transação financeira, o agente operador, o BNDES, que enviaria para esta Casa, para a Câmara Municipal, antes da assinatura do contrato com o Executivo, cópia do contrato para que pudéssemos, Vereadores e Vereadoras, também analisar essa transação financeira. Ora, nós estamos, parece-me, nos eximindo, mais uma vez, das nossas responsabilidades, porque não fica claro quem será o agente operador dessa transação financeira.

 

O Sr. Sebastião Melo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Maria Celeste, muito obrigado pelo aparte. No intuito de contribuir: quando o Prefeito João Verle mandou o Projeto a esta Casa, havia essa possibilidade, sim, de contratar com o BNDES. Existe um fundo da Eletrobrás para um Programa chamado Reluz. O que a Prefeitura está fazendo agora é abrindo a possibilidade de até 34 milhões, com a intervenção da CEEE. Na verdade, há uma mudança de agente financiador, os dois do Governo Federal. Portanto, eu não vejo nenhum problema em relação a isso.

Quanto aos contratos, é regra orgânica desta Casa que eles devem ser mandados, comunicados para fins de conhecimento; não que tenham de passar pela Casa. Muito obrigado.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Obrigada, Ver. Sebastião Melo, mas eu ficaria muito mais tranqüila se, na própria lei, nós pudéssemos descrever quem é o agente operador. Se for a Eletrobrás, que se coloque uma emenda anexando quem é o agente operador dessa manobra financeira necessária que será feita através desse Projeto de Lei.

Penso, Sr. Presidente, que nós, Vereadores e Vereadoras, que hoje estamos aqui durante o recesso parlamentar, e não recebemos para isto - porque esta Câmara é avançada na construção da legislação desta Cidade -, não podemos nos eximir e passar um cheque em branco, simplesmente, para o Executivo, em cima de um Projeto tão importante como esse. Obrigada, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Srs. Vereadores e Srªs Vereadoras, não podemos nos furtar de fazer uma crítica a esta chamada extraordinária sem o planejamento necessário. Isso, para mim, mostra um pouco do que foi o primeiro ano do Governo Fogaça: um ano de muitas Mensagens Retificativas, de muitas improvisações, de dificuldade de apropriação da gestão da Cidade; um Governo bastante desagregado, diferente, desarticulado entre si, sem um eixo de intervenção. Isso tudo está expresso na avaliação que os jornais hoje trazem para toda a Cidade, uma avaliação dos porto-alegrenses. A Cidade, ao fazer a opção da mudança, fez essa opção apostando na melhora de alguns aspectos e temas que avaliava como deficitários ainda, dentre eles os piores avaliados neste primeiro ano, aspectos como saúde, segurança, emprego - especialmente nesses temas -, e temos também o tema do funcionalismo, o tema da criança e do adolescente em situação de rua. Inclusive sobre esse último tema não-avaliado especificamente. Sobre esses temas a população acerta na sua avaliação.

A nossa Bancada, a do Partido dos Trabalhadores, já vinha fiscalizando, observando e registrando que nós tivemos um ano de descontinuidade, de perdas, um ano em que a limpeza urbana, um dos itens melhor avaliados nesta Cidade, inovadora em vários dos seus programas, sofreu perdas e desarticulação. A maioria dos programas que atendiam a periferia da nossa Cidade foram desarticulados, como o Bota Fora, como as limpezas em praças e avenidas, com uma sistemática séria, de estímulo à coleta seletiva, de estímulo aos galpões de reciclagem, à geração de renda a partir do destino do lixo.

Nós podemos dizer que na área da criança e do adolescente, e é muito sério isso, havia deficiência, é verdade, fazia-se um grande esforço para o funcionamento do PAICA - Programa de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente em Situação de Rua, que articulava ações da Saúde, da Assistência, da Educação, da geração de renda -, e esse Programa foi desarticulado.

Em matéria de jornal - última matéria, agora, de final do ano -, anunciava-se alguma coisa em relação à criança e ao adolescente que não se sabe bem o que é e que talvez viesse a remodelar as ações em relação à situação de rua. Foi um ano, simplesmente, de ausência, de deixar desmontar, deixar desarticular o trabalho com a criança e com os adolescentes em situação de rua. Isso é gravíssimo. E mais do que isso: dois Projetos demonstraram que não há um acúmulo neste Governo sobre o que já tem de construído em relação à criança e ao adolescente, sujeitos de direitos, o Projeto Resgate e o Projeto Bonde da Cidadania; dois Projetos contrários ao Estatuto da Criança e do Adolescente, que propõem abrigões, que trabalham com o retirar da rua, que não articulam ações, não articulam uma nova construção de projeto de vida dessas crianças e desses adolescentes.

Na área da Cultura, várias vezes a Vereadora e ex-Secretária Margarete trouxe para cá este tema, e nós tivemos artistas na rua, deitados na rua, protestando pelo desmonte e pela desarticulação do Funproarte; a Usina está completamente depredada, e os programas desarticulados, diminuídos, como o da Descentralização da Cultura, um Programa fundamental.

Na Educação, as creches sofrem com este novo Governo, uma das suas prioridades fundamentais. Não houve a construção de uma creche sequer, a não ser uma, na qual a própria creche conseguiu parceria com a Capa. Eu não sei o que é esta propaganda no jornal (Mostra uma página de jornal.), o que sustenta uma propaganda como esta no jornal, são números fantasiosos. Onde houve mil e cem vagas novas no Convênio Creche Comunitária, se a Creche Pampa, a única construída, já pelo nosso Governo, está fechada há mais de seis meses? Onde estão as casas populares - disse aqui que há mais de mil construídas -, se as obras do Projeto Entrada da Cidade estão praticamente paralisadas? E, se entregaram aqui as casas do Princesa Isabel, e o PAR, com o Governo Federal, jamais se chegaria a esse número. Onde estão elas, Ver. Ervino Besson? E eu poderia seguir dizendo: os telecentros passaram o ano fechados, com burocracia se tratou esse importante espaço conquistado pelos nossos jovens.

Na Educação, a educação de adultos está sofrendo uma redução, pura e simples, de professores, o que foi importante conquista da cidadania.

O DMLU está colocado sob terrorismo, para desmonte, e se constrói uma opinião pública como sendo um órgão obsoleto.

Então, foi um ano em que as coisas pioraram, pois disseram que manteriam o que estava bom e mudariam o que não estava, mas não há projeto, nada aconteceu. Então, a população, que é sábia, que é atenta, que é crítica, que é cidadã em Porto Alegre, avaliou com justeza o Prefeito, que não cumpriu suas promessas de campanha; portanto, a Cidade perdeu com o Governo Fogaça.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu concordo com as críticas da Verª Sofia Cavedon, mas peço licença para alegar, também, uma questão de arrivismo, de chegada ao poder sem as condições mínimas de trabalho, com todos os computadores apagados, com 475 milhões de déficit - não havia caixa nos primeiros dois meses; não havia o mínimo para o caixa diário, o mínimo!

O Governo Rigotto pode ter muitos erros, mas talvez a Bancada do Partido dos Trabalhadores não lembre mais qual foi o último motim na FEBEM, porque nunca mais houve um motim dentro da FEBEM. E ninguém falou nada, ninguém elogia nada! É só pelo lado negativo, é a psicologia do negativo. Isso beira o ridículo, especialmente por alguns motivos.

O primeiro deles, o que se entregou em matéria de creche, Ver. Sebastião Melo! É uma das vergonhas da cidade de Porto Alegre, que mesmo assim recebeu o Prêmio Abrinq, mas por uma “jogadinha” ensaiada com seu Oded Grajew, que foi assessor do Lula - hoje não quer ser mais assessor do Lula tal a pantomima a que este País assistiu. Então, é muito interessante falar sobre algumas coisas. Houve atraso no pagamento das creches? Houve, sim, mas foram todas pagas. A Creche Panda, que V. Exª presenciou a entrega, estava prometida no Orçamento Participativo há mais de oito anos.

 

(Manifestação anti-regimental da Verª Sofia Cavedon.)

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Não só está aberta, como funcionando, mas, em virtude do final do ano, pelas questões de organização e burocracia, ainda não está funcionando a pleno.

Mas, para falarem das propagandas do Governo, querem propagandas mais mentirosas da história deste País do que as da Cidade virtual?! Disseram para o mundo inteiro que isto aqui era uma maravilha; essa sucursal do Le Monde Diplomatique aqui! Hoje o mundo inteiro sabe: foi desmontada uma farsa no Pais inteiro, no mundo inteiro; agora o esgoto está a céu aberto, as cloacas foram drenadas, estão saindo. O País inteiro apavorado com as revelações, não dos Partidos que eles diziam corruptos, porque “o PMDB era corrupto, o PSDB era corrupto, o PL e o PFL”, enfim todos eram corruptos, mas eles não, eles eram vestais! Pois é, perderam a “vestalidade”.

 

(Manifestação anti-regimental da Verª Sofia Cavedon.)

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Não, ao contrário, eu digo isso com revolta e indignação, porque é muito fácil ver o argueiro nos olhos dos outros, mas não vê o troco no seu, essa é a questão. É a questão da psicologia do negativo, de pegar todos os aspectos negativos e nunca ver um positivo nos outros. Esse tipo não faz parte, por exemplo, do arsenal talentoso de idéias que traz a Verª Sofia Cavedon para o debate, com quem tenho a honra de, muitas vezes, ouvir e aprender; isso faz parte da psicologia de uma professora que, ao pegar uma redação de um menino, enche de vermelho, apaga tudo e diz: “Olha, isto aqui não presta”, é isso que a professora está fazendo, entendem?

Então, as questões de oposição têm que ter alguma coisa de verdade. Vossas Excelências lembram da Cidade virtual? Lembram daquelas propagandas maravilhosas? Eu tenho um filme com uma propaganda da Cidade virtual em que há um médico, colega meu, na casa dele, um colega rico dizendo-se do PT e que aquilo o PT tinha dado para ele - é uma propaganda eleitoral, nós sabemos disso, todos vocês sabem disso! Então, foi essa grande farsa que ficou agora totalmente aberta à população brasileira. E não é por nada que, em tão pouco tempo, um percentual altíssimo de pessoas do Partido dos Trabalhadores deixou o Partido. Aqui, por exemplo, a Líder do Partido dos Trabalhadores saiu do Partido, por que será?

Então, deve haver alguma coisa relacionada com a Administração anterior, pois estamos debatendo aqui um processo inteiro, para chegarem e dizerem que não vão assinar um cheque em branco? Mas quem pediu um cheque em branco? Esse voto de desconfiança, essa agressão a uma Administração que está começando é, pelo menos, desnecessária; podem não confiar, mas não precisam agredir dessa forma. Acho que a conversa sobre a cidade de Porto Alegre tem de ser num outro nível, não neste; porque, se colocarmos nesses termos, aí sim, a coisa fica muito pior. Acho bom que as coisas fiquem num termo bem mais elevado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Srªs Vereadoras, Srs. Vereadores, pois eu estou muito satisfeito com a pesquisa, gostei da nota 5 para um primeiro ano e início de Governo, para a readequação de todo um Governo com um déficit de 175 milhões, com basicamente todos os controles deletados. O Secretário da Fazenda assumiu e não sabia qual era a sua disponibilidade, não havia o fluxo de caixa, foi deletado! Incrível! Parece que o Governo era da Administração anterior, não era um Governo de Porto Alegre, não era um Governo do cidadão. Não. Parece que eram donos do Governo, deletaram. Sobre as creches: deletaram todos os controles das creches. De repente, perguntava-se: “Mas como não vão pagar?” E respondiam: “Mas não temos nada a pagar!” Argumentavam: “Mas está aqui o contrato, olha aqui o convênio”. E aí foram ver e não tinham os controles. Os controles dos carros locados foram deletados, todos. Tinham de pagar a locação dos carros, e ninguém sabia!

Então, como se ia governar? Na Saúde, aqueles funcionários mais chegados, aqueles chamados “peixes” foram deslocados para a área da Saúde, para a área do Pronto Socorro, dos postos de saúde, para ganharem gratificação de 110%! E a Saúde que se lixe. Engraçado!

Então eu estou satisfeito com a nota 5, muito satisfeito, porque do jeito como foi encontrada a Administração Pública foi, realmente, um trabalho hercúleo de recuperação. Mas, mesmo assim, a imagem não está boa, a imagem é 5, é média. Por que não está boa? Porque essa imagem não foi fabricada pelo marketing; o Governo anterior pagava 13 milhões por ano de propaganda, e nós não temos propaganda. A primeira propaganda feita foi, simplesmente, com a relação das benfeitorias; sobre as 4 mil e 500 cirurgias realizadas no Mutirão da Saúde, ninguém falou. E mais: 2 mil e 112 ecografias dos pacientes do SUS que estavam esperando há mais de dois anos; cirurgias traumatológicas; liberação de 80% dos alvarás em 24 horas; 31 ruas pavimentadas e mais 20 ruas em pavimentação; 14 mil e 394 pessoas na Assembléia do Orçamento Participativo - 1 mil e 110 pessoas a mais -; 12 mil e 616 consultas especializadas a mais, e a Saúde teve nota baixa. É claro que não estamos satisfeitos com a Saúde, mas vejam o trabalho que está sendo realizado, olhem as obras, olhem o Conduto Forçado Álvaro Chaves. Estamos fazendo as casas populares, sim, estamos completando ali na Av. Princesa Isabel. Meu caro Almerindo, veja: casas populares. Vossa Excelência sabe quanto está custando cada apartamento ali na Av. Princesa Isabel? Cinqüenta e cinco mil reais cada apartamento! Isso se chama “casa popular”? Estão gastando todo o dinheiro ali, porque era para aparecer, porque é um ponto nobre. Cinqüenta e cinco mil reais cada apartamento!

E outra coisa: a Vila dos Papeleiros está saindo, a Entrada da Cidade está saindo, a Perimetral está continuando, e nós estamos pagando as contas! As contas que foram prorrogadas para serem pagas neste Governo e que deveriam ter sido pagas no Governo anterior. Disso a sociedade não tem conhecimento, porque nós não estamos no programa Cidade Viva, nós estamos na Cidade real e não na Cidade virtual. Então, é importante que a sociedade conheça e saiba avaliar. Temos equívocos? Sim! Mas estamos lutando para superá-los e vamos superá-los com competência e seriedade.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Clênia Maranhão está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Srªs Vereadoras, Srs. Vereadores, queríamos saudar todas as Vereadoras e os Vereadores presentes. Estamos na reta final dos nossos trabalhos deste ano, em uma convocação extraordinária, para que possamos votar na tarde de hoje dois importantíssimos Projetos para a cidade de Porto Alegre.

A convocação se deve à necessidade de que votemos um Projeto que vá garantir um financiamento da Eletrobrás, através do Programa de Iluminação Pública Eficiente, o Reluz. É um Projeto que permite à Prefeitura de Porto Alegre contrair uma operação de crédito no valor aproximado de 34 milhões de reais. Por que é importante estarmos na tarde de hoje fazendo este trabalho em Sessão Extraordinária? Porque com ele, como resultado da votação dos Projetos na tarde de hoje - eu acredito que os Projetos serão aprovados -, o Município terá condições de dar continuidade, garantir, efetivar uma negociação que se arrasta desde 2003; enfim, com esse convênio com a Eletrobrás, através do Reluz, a Prefeitura vai poder dar aos porto-alegrenses a renovação de 80.500 pontos de luz. A Prefeitura de Porto Alegre vai poder concretizar um projeto que é uma aspiração da nossa Cidade, vai implantar um sistema de renovação de 80.500 pontos de luz e de quatro mil novos pontos de luz. Essa é uma política pública real, concreta que o Município de Porto Alegre, através de parceria com a Eletrobrás, vai trazer para a nossa Cidade, possibilitando a melhoria da imagem da Cidade, possibilitando a melhoria das condições noturnas da nossa Porto Alegre e, como conseqüência, trazendo aqui a possibilidade do aumento das condições de Segurança Pública.

Eu respondi há alguns minutos às companheiras e aos companheiros da imprensa, que nos prestigiam com as suas presenças, qual a minha expectativa em relação à votação que logo mais aqui nós faremos. Eu disse que acreditava que seria por unanimidade, porque não há nenhuma dúvida; a justificativa do Projeto, os inúmeros dados contidos no Processo mostram a urgência e a necessidade da sua aprovação.

Eu queria dizer por último que a Verª Maria Celeste levantou aqui um questionamento, e quero, mais uma vez, explicar à Vereadora que o convênio da Prefeitura é com o órgão do Governo Federal, a Eletrobrás, e quem repassa os recursos para a Eletrobrás é o BNDS, que é um banco de desenvolvimento do nosso País, um banco público. Fiz questão de recolocar isso, caso algum Vereador não tenha se apropriado dessa informação. E queria dizer também sobre a outra questão levantada pela Verª Sofia, pedindo que o Executivo enviasse um plano de aplicação, um plano referente à questão da iluminação pública, que ela já foi sanada através de uma Emenda de Liderança, na qual eu coloco que, nos próximos doze meses, o Executivo encaminhará a esta Casa, para a nossa apreciação, o plano, para que possamos, enquanto Legislativo, cumprir melhor a nossa missão de acompanhamento dos recursos que virão da Eletrobrás para o nosso Município.

Acho que isso, para nós, é uma coisa importante, porque se coloca dentro dessa perspectiva de trabalho do nosso Governo, que é, exatamente, fazer com que a Câmara de Porto Alegre possa acompanhar com a maior transparência, com a maior responsabilidade, possuindo o maior número de dados para que nós, do Legislativo, possamos permanecer com essa relação de respeito, de contribuição ao desenvolvimento da Cidade.

Não tenho mais tempo para me referir a outra temática levantada pela Verª Sofia, mas quero dizer que, para nós, é um grande motivo de orgulho, até este momento, já termos votado 51 Projetos sobre denominações e sobre conteúdos, encaminhados por este Governo ao longo dos meses em que aqui trabalhamos. Foram trabalhos duros, competentes, por parte do conjunto das Bancadas, mas acho que reflete uma enorme capacidade de trabalho da nossa Prefeitura, que nos provocou com o debate de 51 Projetos e permitiu que este Parlamento retomasse, com enorme qualidade, os debates técnicos e políticos sobre os Projetos referentes ao Município de Porto Alegre. Obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Dr. Goulart está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. DR. GOULART: Sr. Ver. Elói Guimarães, nosso querido Presidente; Srªs Vereadoras e Srs. Vereadores, esta vai ser a minha última fala como Líder da Bancada do PDT. Quero dizer da minha satisfação de ter ocupado este cargo, de Líder da Bancada Trabalhista, que um dia foi a Bancada que sustentou Leonel Brizola, que um dia foi a Bancada que sustentou a Legalidade, que sustentou Alceu Collares. Imaginem quanta honra tive por ter sido Líder do PDT.

Aproveito para fazer um agradecimento ao Ver. Mario Fraga, que muito nos ajudou neste trabalho de Liderança, sabedor que era do nosso grande compromisso comunitário, envolveu-se com esta Liderança e ajudou pari passo este Líder nas decisões que a Bancada precisava tomar. Quero fazer aqui, de público, o meu agradecimento.

Quero dizer para os senhores que, nos primeiros quatro anos, pautei absolutamente o meu trabalho um pouco pela Cultura, um pouco pela Educação e muito pela Saúde, ocasião em que tive a esperança de ver algumas utopias cumpridas e apresentar Projetos, que foram aceitos por unanimidade desta Casa. Alguns foram vetados, e, depois, o Veto foi derrubado. Eu disse utopia, porque utopia nem sempre é uma coisa impossível, pode ser um sonho. Mas, na verdade, os projetos do 3º turno da Saúde, do acolhimento das pessoas de mais de sessenta anos, do médico plantonista jamais foram regulamentados por qualquer Poder, o que me mostra que essa luta tem de continuar, porque senão o acesso à saúde há de piorar, mesmo tendo melhorado um pouco com os mutirões de saúde, que resolveram pontualmente, mas eles não são uma política pública de Saúde. Não são! São uma descompressão do atraso no atendimento dos pacientes. E temos que louvar os mutirões de cirurgia e de atendimentos. Também a política de acesso às UTIs melhorou bastante, melhorou tanto que as pessoas chegaram num determinado momento que puderam se salvar em mais 50% dos casos de internação em relação aos anos anteriores. Mas precisamos melhorar também o acesso às UTIs.

E mais uma honraria cobriu este Vereador: o fato de ser escolhido pela base do Governo como Presidente desta Casa para o próximo ano. Há outra grande responsabilidade. Agora, mais do que Líder de uma Bancada, compete ao Presidente, mesmo que não seja Líder, procurar liderar os Vereadores - e aí a dificuldade. Mas daí também a grande cobertura de honra que o cargo nos permite sentir. Quero dizer que, embora escolhido pela base do Governo, houve aceitação pela oposição. As Lideranças do Partido Comunista do Brasil, do PT e do PSB nos procuraram, dizendo que apoiavam a eleição que tinha sido feita pela base do Governo, o que muito me honrou. Talvez os meus caminhos indicando um centro-esquerda sempre positivo tenham-me aproximado das Bancadas da oposição, que são uma esquerda buscando também uma utopia possível. Com todos os embaraços que aconteceram, o âmago da esquerda não deve se abater. Eu quero estar sempre perto da esquerda nas grandes decisões de que as comunidades do mundo precisam, especialmente a nossa comunidade.

Quero aproveitar também, porque sei que o povo de Porto Alegre nos assiste neste momento, para desejar um ano de 2006 muito melhor do que o ano de 2005. Que a Saúde tenha solução e possa bater, com força e com carinho, no lar de cada pessoa, principalmente daquelas que precisam do serviço público de Saúde. E para os outros que não utilizam o serviço público de Saúde os nossos votos de uma grande saúde. Quero agradecer aos meus Pares, profundamente, pela honraria de ser o Presidente da Casa no próximo ano. Procurarei honrar toda a caminhada de João Goulart, Leonel Brizola e de Alceu Collares, buscando um grande entendimento com todos os Vereadores, que muito me honraram. Muito obrigado, Sr. Presidente; muito obrigado, Srs. Vereadores. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Nós apregoamos a Emenda nº 01 ao PLE nº 034/05, que dá nova redação ao art. 2º do Projeto de Lei, que passa a ser: “Art. 2º - Fica prorrogado o prazo previsto no caput do art. 3º da Lei nº 9.052, de 24/12/02 para o máximo de 31 de dezembro de 2006, revogando-se os parágrafos 1º, 2º e 3º.”

O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Srªs Vereadoras, Srs. Vereadores, inicialmente quero saudar o Ver. Dr. Goulart e desejar-lhe uma exitosa Presidência, porque a exitosa Presidência do Ver. Dr. Goulart é o êxito desta Casa em todos os sentidos.

Em segundo lugar, quero registrar também que tive a honra, por delegação dos companheiros Haroldo, Ibsen e Bernardino, de ser o Líder de nossa Bancada. Aqui falo como último pronunciamento de Líder de Bancada, porque, prazerosamente, vamos transferir a outro companheiro a Liderança de Bancada no próximo ano. Com muita honra e com muita alegria procurei trabalhar com equilíbrio não só com minha Bancada, mas com todos os Pares, com todas as Bancadas.

Quero, Ver. Dr. Goulart, se V. Exª me permitir, dizer que alguns desafios nesta Casa não pertencem a uma Presidência, mas à Instituição. Vou socializar aquilo que disse em vários momentos, em várias oportunidades, especialmente em 2004, Verª Margarete: esta Casa precisa aproximar-se do dia-a-dia da sociedade porto-alegrense, especialmente da sociedade organizada. Vou dar um exemplo. Se o Executivo teve a competência de construir a participação popular, esta Casa tem que construir o seu fórum de participação, no mínimo para aferir se aquilo que o povo votou está sendo cumprido pelo Executivo, e ele não vai fazer isso aqui dentro desta Casa, vai fazer lá na ponta, lá no bairro, lá no dia-a-dia da nossa gente, especialmente da periferia. Esta Casa precisa, Ver. Dr. Goulart, criar uma Secretaria, um Departamento - e não custará um centavo para esta Casa - que possa dar orientação aos Projetos que nela tramitam, sejam eles provenientes do Executivo ou do Legislativo. Esta Casa não tem um corpo técnico para opinar, hoje, a qualquer Vereador que disso necessite, para analisar uma proposta; e isso dá para criar com os funcionários da Casa e com os funcionários cedidos pelo Executivo.

Mais do que isso, acho que há um desafio maior: esta Casa tem que passar por uma reforma administrativa profunda, Presidente Elói Guimarães, não contra funcionários, por favor, a favor da cidadania e dos funcionários, mas não pode uma Casa que tem 300 funcionários ter 104 Chefias. Esta Casa tem que analisar o recesso. Eu quero dizer que tenho posição histórica sobre isso, mas não acho que essa matéria deva ser um Projeto liderado por um Vereador, acho que a iniciativa tem que ser do conjunto da Casa. Não é possível que todos os mortais tenham trinta dias de férias, e os Parlamentos tenham esse excesso na questão do recesso parlamentar. Eu penso que as Comissões Temáticas desta Casa, Vereador-Presidente, precisam ser qualificadas e ampliadas, porque lá nas Comissões, Verª Manuela, as coisas acontecem ou não acontecem; quando elas chegam aqui no Plenário já chegam mais ou menos decididas. E eu acho que para as Comissões Temáticas das Casas Legislativas deve ser dada a maior atenção, porque lá nós podemos resolver ou não as questões da sociedade civil organizada.

Quero desejar, Ver. Dr. Goulart, a V. Exª e a todos aqueles que vão compor a Mesa - pela nossa Bancada, o companheiro Ver. Haroldo vai representar o PMDB - que os senhores possam continuar o projeto começado pelo Ver. Elói, que foi extraordinário; ele lutou, remou com dificuldades; setenta por cento dos recursos desta Casa, hoje, são consumidos com o funcionalismo. Esta Casa tem que enfrentar a tecnologia, não pode continuar na era da enxada - você manda um e-mail, e ele volta! Esses são desafios da gestão que ora termina e da gestão que vem.

E quero dizer, Ver. Goulart, para finalizar: não considero que tenha havido uma disputa entre mim e V. Exª, pelo contrário, houve um escalonamento de Partido, porque o PMDB foi lá para o último, e lá nós vamos decidir, internamente, quem vai ser... Quero reafirmar o compromisso, e nós do PMDB, desde a primeira hora, dissemos: “Não, esta é uma Mesa plural, e o Partido dos Trabalhadores também tem um ano”! E quero dizer que nós continuamos com esse mesmo propósito, porque achamos que palavra empenhada é palavra que tem que ser resgatada, porque, se a palavra empenhada no Parlamento não for resgatada, o povo lá da rua vai dizer: “Está tudo errado”. Mas, acima de tudo, quero dizer a V. Exª que nós pensamos que esse escalonamento de Partido proporcionou que se discutisse um pouco mais essas questões coletivas, porque, para mim, ser Presidente e não ser Presidente é uma questão menor. Mas esta Casa tem que produzir coletivamente, tem que ser mais célere e tem que se relacionar melhor com a sociedade. É disso que nós precisamos. Sucesso a Vossa Excelência! Sucesso à nova equipe! Cumprimentos ao Elói pelo esforço que fez. Vamos à luta! A caminhada continua. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Agradeço as palavras proferidas pelo Ver. Sebastião Melo, eu as recebo em nome da Mesa atual.

Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

Apregoamos a Emenda nº 02 ao PLE nº 034/05, de autoria da Verª Sofia Cavedon (Lê.): “Altera a Lei nº 9.052, de 24 de dezembro de 2002, e dá outras providências”.

Em votação o Requerimento de autoria da Verª Clênia Maranhão que solicita Regime de Urgência ao PLE n° 034/05 e ao PLE n° 035/05 e também que, posteriormente, sejam submetidos à Reunião Conjunta das Comissões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Eu suspendo os trabalhos e convido o Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Ver. Ibsen Pinheiro, para dirigir a Reunião Conjunta das Comissões, a fim de que se delibere sobre os Pareceres.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h29min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães - 15h49min): Estão reabertos os trabalhos da presente Sessão.

Informamos que o Ver. Raul Carrion estará representando a Câmara Municipal no ato de assinatura do contrato de repasse de recursos financeiros da União para melhoria de habitações em assentamentos precários no Município de Porto Alegre, junto à Caixa Econômica Federal.

Apregôo Subemenda nº 01 à Emenda nº 01 ao PLE nº 034/05, de autoria da Verª Clênia Maranhão.

Em votação o Requerimento de autoria da Verª Clênia Maranhão solicitando dispensa do envio da Emenda nº 01 e da Subemenda nº 01 à Emenda nº 01 ao PLE nº 034/05 à apreciação das Comissões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Em votação Requerimento de autoria da Verª Sofia Cavedon solicitando dispensa do envio da Emenda nº 02 ao PLE nº 034/05 à apreciação das Comissões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

(Encerram-se os trabalhos às 15h52min.)

 

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